U2 – NO LINE ON THE HORIZON

Por Celso Felizardo Jr

Mais um lançamento da banda irlandesa U2, “No line on the horizon”. Em sua pré-estréia, muito foi dito pelos produtores que o novo disco iria revolucionar o rock mais uma vez. Mais uma vez um engodo. O disco apenas consegue ser melhor que seus antecessores (após 1991) que seguiam uma linha brega eletrônica.

A guitarra com muito trêmulo, marca registrada da The Edge, aparece por todo o álbum e o potente vocal de Bono continua o mesmo. No geral, as músicas tendem muito para o pop, e deixa a desejar. Falta a força visceral das canções de War.

A faixa-título que abre o disco e a seguinte Magnifcent dão idéia do que vem a seguir.

Após algumas músicas medianas, vem o Single `Get On Your Boots´. Ele começa com um riff bem rock and roll, mas logo se dissipa em uma batida sem graça. O refrão possui uma linha melódica interessante, mas o acompanhamento não é bem explorado e soa estranho. A música parece uma versão açucarada da música Do The Evolution, do Pearl Jam

O destaque do disco é “Stand Up Comedy”, com uma boa letra e arranjo bem trabalhado, a faixa consegue elevar o conceito do álbum, que oscila entre altos e baixos.

O resultado é apenas um álbum mediano que de revolucionário não tem nem mesmo a capa, (PB, como as anteriores, com um sinal de igual entre o céu e o mar), um trabalho do fotógrafo Anton Corbijn.

O Marketing do Vazamento

Você consegue imaginar Bono Vox morando em uma casa com janela para a rua? Esses quartos, tipo um puxadinho que dá pra calçada. Pois bem, o novo álbum do U2 vazou antes do lançamento, e a causa mais provável segundo a gravadora seria que Bono Vox se empolgou com as novas canções de “No line on the horizon” e o escutava em volume muito alto na sua casa, quando, uma pessoa que passava na rua reconheceu a voz do cantor e começou a gravar com um celular.

História pra boi dormir... Cada vez mais a pirataria é responsável por tudo que acontece aos dinossauros da música e as gravadoras. Restou-lhes a opção de tentar faturar em cima disso, então surge o vazamento intencional. Jogam na rede um arquivo de baixa qualidade para uma repercussão mundial. A propaganda é a arma do negócio.

Cada um usa as armas que tem, já diria o poeta, mas essa foi uma piada. O puxadinho de Bono Vox.


ÉTICA E A REVOLUÇÃO DAS PROPAROXÍTONAS

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O mesmo "Jornal das Oropa" defende em seu editorial, a necessidade da ética jornalística.

Controverso, falar em ética e colocar uma foto do nível que coloca na manchete do jornal

Por ética do blog, a foto não será mostrada, mas aquele pedaço de imagem é um pé do defunto, que na foto aparece todo banhado de sangue.

O Código de Ética dos Jornalista diz:

Art. 13 - O jornalista deve evitar a divulgação de fatos de caráter mórbido e contrários aos valores humanos.


Fora o quesito "ética", que poderá ser solucionado se o "jornalista" responsável pelo jornal ler o livro que indica na página 2, temos um problema bem mais difícil de ser resolvido, a ortografia.

Há anos o jornal agride os leitores com suas pérolas. Legislátivo, Sálario e agora Destilária. Isso é uma revolução das Proparoxítonas. Abaixo os pelés, os cafés, os sofás.

OBS: Há um anúncio para contratar redatores na contracapa. Só esqueceram de escrever "URGENTE, PELO AMOR DE DEUS".

Erros ortográficos e 171

.Às vezes, os erros são dos bandidos, outras, dos jornais. Às vezes se misturam também.

Às Brasília deve ser vizinha das Oropa

WANDER WILDNER

Esse você precisa ouvir ... : Wander Wildner
Punk Para Corações Partidos
por Alexandre Petillo

O que pode acontecer se um rapaz perdidamente apaixonado vai receber a mulher no aeroporto com uma camiseta escrita eu te amo, e ao encontrar a pessoa amada descobre que tudo acabou, levando aquele famoso pé na bunda? Suicídio? Deprê? Cortar os pulsos? Fazer um zine sobre relacionamentos?

Nada disso. Não, se o rapaz da história for Wander Wildner, um cara que já foi um pobre astronauta trabalhando numa armadura de lata e que teve uma garota que o deixou por um sandinista especialista em granada, de mão. Ex-vocalista do Replicantes, figura carimbada do rock gaúcho e nacional, Wildner transformou todo o seu sofrimento e aquele sentimento de abandono num dos melhores e mais divertidos discos nacionais da década.

Baladas Sangrentas é definido pelo próprio autor como uma ópera punk brega. Uma mistura de Roberto Carlos com Replicantes. Definitivamente, Wander Wildner é um dos poucos artistas nacionais que valem o seu desvalorizado dinheiro.

Logo na primeira audição você percebe as preciosidades: a baladaça rock and roll Bebendo Vinho, a acelerada Maverikão ou a faixa de abertura, Ustê, cantada num paraguaio muí peculiar. Ainda temos Ganas de Viver (essa é de arrepiar) e Freira Desalmada , parceria com o brother Thedy Correa, que promove o inusitado cruzamento do brega-chique Eduardo Dusek com o punk rock The Clash. E, como todo bom punk, não poderia faltar uma cover dos Sex Pistols: Lonely Boy ganhou uma versão matadora, com uma letra de fazer Odair José morrer de inveja.

Wander conta histórias sobre como é estar apaixonado, levar um chute da namorada, esses momentos difíceis, mas conta/canta de uma maneira bem-humorada, autodepreciativa, como tem que ser, e não um sofrimento infindável.

Portanto aí vai uma dica: se você vai passar o dia dos namorados sozinho, na fossa, fuja das baladas melosas, das complicações. Ouça Wander Wildner, estampe um sorriso no rosto e saia pelas ruas com uma camiseta escrita eu te amo...

Texto publicado originalmente no Scream & Yell On Paper 4

MARCELO NOVA


Marcelo Nova, o motor que fez girar a máquina chamada Camisa de Venus durante anos, resolveu formar sua primeira banda de rock quando ouviu um disco do Rolling Stones. Não a formou, mas passou tardes inteiras tocando guitarra com a raquete de tênis de seu pai ao som de "Satisfaction".

Seu primeiro disco foi de Little Richards, quando tinha oito anos de idade. Suas principais influencias foram Chuck Berry, Little Richards e o único artista brasileiro que o influenciou foi Raul Seixas, com o qual tinha uma grande e eterna amizade.
Marcelo Nova que nunca se considerou um cantor, já lançou uma dezena de discos, sem contar as coletâneas e os discos gravados ao vivo. Em 1988, com o fim do Camisa de Vênus, iniciou sua carreira solo com o disco "Marcelo Nova e a Envergadura Moral", uma obra com um número maior de baladas do que rock ‘n roll, falando mais dele próprio e de sua visão do mundo. Um disco pra dentro, intimista, reflexivo, já que na época do Camisa de Venus suas composições eram mais criticas políticas e sociais. Este disco que contou ainda com Genival Lacerda na gravação da faixa "A gente é sem Vergonha", de autoria do próprio Genival.

A grande amizade entre Marcelo e Raul Seixas começou como adimiração, na época de Raulzito e seus Panteras. Marcelo Nova não o conhecia, e ia aos shows na Bahia. Depois das apresentações ia até o palco apertar a mão de Raul.

Quando certa vez o Camisa estava tocando no Circo Voador e Raul foi ver, Marcelo o chamou para o palco, mesmo não acreditando que Raul iria. Mas para surpresa de todos, Raul subiu ao palco e eles tocaram, na base do improviso, um medley de rock‘n roll misturando "Long Tall Sally" com "Be-Bop-A-LuLa" e "Tutti Frutti". Marcelo ficou tão emocionado que não conseguia cantar nada.

Depois disso, em 1984, Marcelo foi ao último Show de Raul em São Paulo e quando foi cumprimenta-lo, acabaram trocando endereços. Ficou surpreso quando num Domingo, às 11 da manhã, Raul, Tony Osanah e suas respectivas esposas bateram à sua porta.
Em 86 o Camisa de Vênus gravou "Ouro de Tolo", de Raul, e no ano seguinte Marcelo compôs a letra e Raul a música de "Muita Estrela, Pouca Constelação". Depois disso os dois não pararam e fizeram mais de 50 shows juntos

Finalmente chegou o tão esperado disco em parceria, exatamente em setembro de 1989. Marcelo Nova e Raul Seixas gravaram o disco "A Panela do Diabo". Uma pérola do Rock ‘n Roll nacional, reunindo as idéias e pensamentos desses dois gênios da música brasileira. Raul morreu dois dias antes do lançamento deste álbum.

Marcelo considera "Panela do Diabo" um disco que determinou muito em sua carreira musical, e é um trabalho do qual se orgulha muito. Além de ter sido um sonho pessoal, Raul nunca gravou junto com mais ninguém. Não gosta de ser considerado o herdeiro de Raul Seixas, como a mídia costuma classificá-lo. Marceleza diz que a capacidade que Raul tinha de se comunicar com todas as classes sociais e a dimensão de sua obra não deixam herdeiros.
Marcelo era existencialista e Raul um místico, mas certa vez Raul dissera numa entrevista que se identificava com o seu texto. Marcelo e Raul sempre estiveram à margem da mídia e dos modismos de época, carregavam isso com muito orgulho. Fizeram 50 shows e foram assistidos por mais de 200 mil pessoas e nunca tiveram uma matéria na Rede Globo. Não queriam conquistar o mundo, sabiam de suas limitações porque nunca se deixaram embriagar pelo sucesso. Raul e Marcelo Nova foram o primeiros letristas a imprimir pertinência, sarcasmo e um senso crítico afiado ao rock brasileiro.

Já na década de 90, mais precisamente em 91, lançou "Blackout", que pode ser considerado o primeiro disco acústico brasileiro, lançado muito antes do modismo de acústicos que viria invadir a música do país. Era Marceleza mudando a cena novamente.

Chegou a ser diretor de um selo, da gravadora Continental, a convite de Matheus Nazareth. Foi com esse selo que foi lançado seu álbum "Blackout", só que quando Marcelo iria começar a gravar para outras bandas, Matheus saiu da gravadora e como conseqüência Marcelo foi junto.
Em 1994 seria lançado "A Sessão Sem Fim". Dessa vez o som é mais pesado, traz músicas eletrizadas, com um grande ganho com a inclusão do guitarrista Luiz Carlini e participação especial de Drake, filho de Marcelo, na faixa "Drake's Boogie".

Em 1998 saiu "Eu vi o futuro baby, ele é passado" A inspiração de fazer o disco veio quando viu um feto na ultra-sonografia e ficou pensando que ele pulsava num ritmo exato, não tinha futuro, nem passado, era um ponto de luz. Reunindo recortes musicais de seus 18 anos de carreira, Marceleza revê sucessos e resgata antigas canções, para isso ele montou uma banda procurando músicos com mais habilidade técnica para permitir outros "vôos".

Marcelo Nova continua até hoje na ativa, compondo, e com certeza virão ainda novos discos por aí. Ele estará sempre incomodando com suas criticas e sua constante luta contra o conformismo do povo brasileiro. Um autêntico roqueiro que ainda tem muito de sua genialidade para mostrar ao mundo, mesmo com todo o descaso da mídia.

Fonte: http://whiplash.net/materias/biografias/038458-marcelonova.html


SE A MODA PEGA!

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Embaixada Estadunidense na Venezuela

Que coisa linda, linda de morrer, linda de encher os olhos, linda. Isso é arte, o pós-modernismo saltando da bienal para as ruas do mundo, a arte como forma de manifesto. Depois do pós-modernismo, tudo é arte, andar sobre plástico-bolha, pular em ventiladores gigantes. Interagir é a palavra-chave.


Essa obra tinha de ser transportada para o Louvre, e guardada até o fim dos tempos, para toda a humanidade saber que um dia existiu um presidente caipira chamado George W. Bush, que por questões familiares, promoveu uma guerra sem fundamentos, ou seja, com falsos fundamentos para matar o arqui-inimigo de seu pai, Saddam Hussein.

George Bush, nós nunca te esqueceremos.


Obama, o tiro no escuro

Agora os tempos são outros. Toda esperança mundial está depositada no atual presidente Barack Obama. Um negro branco, formado em Harvard. Não sei não, mas estou com uma sensação de que isso não está cheirando bem...

VOCÊ PINTA COMO EU PINTO?

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Parece que os cidadãos brazenses só sabem reclamar de pinturas. Antes eram os postes e lombadas, agora são os carros e o cemitério. Assistir uma sessão na Câmara ninguém quer, exigir do prefeito as contas do município também não.

Reclamar futilidades é fácil, difícil é ser cidadão, e não apenas "povo".

VERDE, NÃO DEVASTE

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Se você tem 20 anos ou mais, já deve ter reparado a quantidade de árvores que existiam em Wenceslau há alguns anos e o que restou hoje. Por todas as calçadas existem árvores "decaptadas", mortas.

Você deve sentir saudades de quando estacionava seu carro na sombra, ou depois de algum tempo caminhando, parava para descansar debaixo de alguns galhos. Pois bem, isso é resultado de falta de planejamento ambiental das administrações e de ausência de conscientização dos moradores.
Faça um favor para a humanidade, plante uma árvore. Outra medida é fiscalizar o poder público e suas medidas ambientais.

O setor de construção cresceu rapidamente na cidade nos últimos 10 anos, e com ele, o aquecimento. Apesar de Wenceslau estar situada a mais de 800 mnm (metros do nível do mar), e possuir clima subtropical, com invernos consideráveis, durante vários dias do verão, acontece ausência de vento, e o clima fica muito seco.

O aquecimento global por enquanto, não pode ser comprovado, mas as árvores são peças-chave na reposição de oxigênio no ar, evitando o efeito-estufa.


Quando o cidadão brasileiro que habita as cidades do sul e sudeste do país assiste à cenas de destruição na Amazônia, o primeiro impacto é de indignação, mas logo o cérebro libera toxinas mortais para o bem da humanidade: o conformismo.

Aquilo que está longe sempre tende a não influenciar o sujeito nas suas decisões.
"Ah! A guerra não é aqui", ou então: "Ainda bem que não foi comigo".

Frases medíocres de uma sociedade pequena, de pensamento e atitude. Como diria Cazuza: "Vamos pedir piedade, para essa gente careta e covarde". Falta empatia.

Por isso o blog Tarja Preta mostra uma foto da realidade de Wenceslau Braz.


Reflexão

Música: Verde
Cólera

Onde haviam riachos limpos
Hoje só vemos estrume humano
O chão que era coberto por folhas secas
Está encoberto pelo concreto
Quem quer que mate à toa
Quem queima e corta
Florestas e reservas
Só pensa em lucrar
Mas isso é roubar.

MINHA VIDA, SUA VIDA, NOSSAS VIDAS
DEPENDEM DO VERDE
MINHA VIDA, SUA VIDA, NOSSAS VIDAS
DEPENDEM DO VERDE, DEPENDEM DO VERDE JÁ!

O homem já inventou máquinas que voam
Mas não inventou o verde
O homem já criou cérebros e bombas
E esqueceu do verde
O homem não pensa muito
Na hora de explorar
Por mais que destrua vidas
Só pensa em lucrar
Mas isso é roubar
Ponha ele em pé, com a serra elétrica
Corte no início da perna
Corte no início da perna
Código de indústria pra fazer papel
Ou armarinho de luxo
Ou armarinho de luxo.